Neurologia

Dra. Camila Fedato Batalha
CRM MG 65459

Consiste em um aparelho de Doppler que funciona através de ondas ultrassonoras pulsáteis na frequência de 2 MHz, com um pequeno transdutor que será encostado em pontos estratégicos determinados na cabeça do paciente, para análise do perfil de ondas obtidas pela insonação das artérias do polígono de Willis (principal circuito de artérias do cérebro).

O exame de DTC revelará informações sobre a hemodinâmica do paciente relativa aos vasos insonados, podendo o neurologista obter dados inclusive das artérias carótidas internas e microcirculação cerebral, ou mesmo detectar êmbolos (fragmentos de placas de colesterol e coágulos circulantes no sangue). Não há administração de contraste. É um exame totalmente não-invasivo e confortável para o paciente e pode ser repetido ou mesmo monitorar procedimentos cirúrgicos ou tratamentos medicamentosos.

O uso do DTC em neurologia é reconhecido pela Academia Americana de Neurologia desde 1985 para as seguintes patologias:

  • Hemorragia Subaracnoídea, (resultante do sangramento de aneurismas ou por trauma de crânio), na detecção precoce do vasoespasmo e quantificação);
  • Doença vascular intracraniana, na detecção de estenoses (estreitamentos) arteriais intracranianas e vasculites;
  • Trauma de crânio, na detecção precoce da tumefação cerebral pós-trauma e monitorização da pressão intracraniana, podendo indicar tratamento mais precocemente;
  • AVCI (derrames), na detecção de estenoses críticas de carótida ou de artéria cerebral e na detecção de embolias de repetição (cardio-arteriais ou artério-arteriais). Também na indicação cirúrgica de "by-pass" arterial ou de endarterectomia quando de estenose crítica da artéria carótida interna;
  • Insuficiência vértebro-basilar, com síncopes e labirintopatias de origem vascular na circulação posterior;
  • Enxaqueca, sendo o único tipo de exame que detecta as alterações vasculares provocadas por esta patologia e que por vezes pode ser confundida com AVC;
  • Anemia falciforme, (na detecção precoce e prevenção de acidente vascular cerebral - (AVCi)
  • Sonotrombólise, (monitorização de pacientes com acidente vascular cerebral – AVCi)
  • Transplante de órgãos, na detecção simples e segura da Morte Encefálica. O exame poderá durar até duas horas, podendo inclusive ser requisitado para monitoração intra-operatória em cirurgias cardíacas e endarterectomias, durando ainda mais tempo.

O exame de DTC já vem sendo realizado em caráter rotineiro em diversos hospitais ou em emergências clínicas.

O Mapeamento cerebral (“Brain Mapping”) e realizado da mesma maneira que o eletroencefalograma tradicional, porem consiste em uma análise quantitativa da atividade elétrica cerebral (EEGq) utilizando recursos da informática na avaliação do EEG e permitindo a quantificação dos dados, comparando variações inter e intra- hemisféricas e processando em formas de tabelas, gráficos e figuras, auxiliando a interpretação dos dados obtidos. Este estudo quantitativo da atividade elétrica cerebral tem importância no estabelecimento do prognóstico das epilepsias, além de ser útil para o acompanhamento evolutivo da atividade elétrica cerebral em casos de demências vascular, Alzheimer, traumatismo de crânio e intoxicações.

O exame de vídeo eletroencefalograma (vídeo EEG) é realizado da mesma maneira que eletroencefalo tradicional, porém concomitante há um registro simultâneo em vídeo. O Video EEG pode ser prolongado, com duração de poucas horas até dias, de acordo com a indicação médica, em média tem duração de 24 horas e deve ser realizado em ambiente de monitorização hospitalar. Crianças também podem realizar esse exame, e muitas vezes auxilia de forma importante na definição das peculiaridades crises epilépticas que ocorrem na infância.

A atividade cerebral e as imagens são analisados por um médico especialista em neurofisiologia.

O vídeo EEG auxilia o médico a definir se as manifestações apresentadas pelo paciente são de natureza epiléptica ou não e permitir melhor abordagem terapêutica.

Por ser um exame prolongado é extremamente útil para documentar características clínicas das crises convulsivas (epilépticas), e determinar a localização, o início e a propagação dos distúrbios epileptiformes, dessa forma sendo possível determinar e classificar corretamente diferentes tipos de crises epilépticas, possibilitando o diagnóstico, tratamento clínico ou cirúrgico, assim como o seu prognóstico.

E um procedimento não invasivo, não doloroso, onde o paciente é mantido em constante monitorização, com registro contínuo da atividade elétrica cerebral e supervisão médica, o que possibilita elucidar um evento paroxístico assistido e relatado por familiares ou pelo paciente determinando sua natureza, epiléptica ou não.

Para maiores esclarecimentos procure o seu Neurologista.

O EEG é um exame que registra a atividade elétrica cerebral espontânea, captada através da utilização de eletrodos colocados em determinados pontos anatômicos sobre o couro cabeludo.

O objetivo desse exame é obter uma analise da atividade elétrica cerebral para o diagnóstico de eventuais anormalidades dessa atividade.

Deve ser realizado através da colocação de eletrodos no couro cabeludo, com pontos delimitados e demarcados, com auxílio de uma pasta condutora, ou com colódio que, além de fixá-los, permite a aquisição adequada dos sinais elétricos que constituem a atividade elétrica cerebral.

O registro deve ser realizado de forma espontânea com o paciente acordado (vigília), e quando possível, essa atividade também deve ser registrada durante a sonolência e o sono, dessa maneira aumentando a sensibilidade do exame. O ambiente deve ser calmo, com pouca iluminação, temperatura moderada para o relaxamento do paciente, com duração mínima de 20 minutos.

Em crianças que apresentam comportamentos reativos à realização do exame, o mesmo só é possível após leve sedação. Nesse caso, o registro é feito durante o sono induzido. No final do exame, a criança é despertada para realização do registro durante a vigília.

O EEG e um exame seguro na maioria das vezes. Durante o exame são realizados métodos de ativação como hiperventilação e fotoestimulação intermitente (FEI), e raramente o paciente pode apresentar crises epilépticas durante as provas.

Indicações:

  • Suspeitas de alterações da atividade elétrica cerebral e dos ritmos cerebrais fisiológicos.
  • Epilepsia ou suspeita clínica dessa doença.
  • Pacientes com alteração da consciência.
  • Avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (ex: infecciosas como encefalites, degenerativas) e psiquiátricas.
  • Diferenciar doenças orgânicas de psiquiátricas.
  • Manejo terapêutico e resposta as drogas antiepilépticas
  • Diagnóstico de morte encefálica

Orientacoes para realização do exame:

  • Cabelos limpos e secos.
  • Não utilizar nenhum produto no cabelo (laquê, gel, cremes, óleos, tinturas, etc.).
  • Não é necessário suspender os medicamentos de uso contínuo, mas eles devem ser informados ao médico.
  • Para conseguir-se o sono espontâneo, o paciente deve fazer uma restrição de sono na noite anterior ao exame, dormindo menos que o habitual (deitando –se mais tarde e acordando mais cedo). Bebês podem ser alimentados durante a colocação dos eletrodos para facilitar a indução do sono.
  • Não há restrições alimentares.

O estudo polissonográfico de noite inteira realizado no laboratório constitui-se no método diagnóstico padrão ouro para os distúrbios respiratórios do sono. A polissonografia consiste no registro simultâneo de alguns parâmetros fisiológicos durante o sono, tais como eletroencefalograma (EEG), eletrooculograma (EOG), eletromiograma (EMG), eletrocardiograma (ECG), fluxo aéreo (nasal e oral), esforço respiratório (torácico e abdominal), gases sanguíneos (saturação de oxigênio; concentração de dióxido de carbono), entre outras.

O exame pode ser realizado também com CPAP (máscara que proporciona pressão positiva nas vias aéreas) para o tratamento de quadros de apnéia do sono. A polissonografia e realizada durante a noite com o objetivo de reproduzir o sono fisiológico do paciente, e o mesmo não recebe nenhuma medicação no laboratório (ele deve continuar com a sua medicação habitual).

Quando está indicado?

  • Quadros de insônias
  • Quadros de hipersonias (sonolência excessiva)
  • Distúrbios respiratórios sono-dependentes, síndrome da apnéia-hipopnéia do sono (SAOS)
  • Comportamentos anormais durante o sono (parassonias)
  • Síndrome das pernas inquietas (SPI)
  • Narcolepsia
  • Síndrome da hiperresistência das vias aéreas superiores (SHVAS)

Cirurgia Vascular

Dr. Anderson Lubito Simoni
CRM MG 49702

Duplex Scan ou Ultrassom Doppler das artérias ou veias é um exame que permite a visualização e análise da anatomia e funcionamento das artérias/veias em todo o seu percurso, através da utilização do ultrassom. Um sensor denominado “transdutor” é colocado em contato com o membro do paciente com o auxílio de um gel condutor e uma imagem é gerada e analisada no monitor. O Doppler permite a medida das velocidades dentro dos vasos e auxiliam no diagnóstico das obstruções.

O exame não apresenta contraindicação e não necessita de preparo adicional ou de suspensão de medicamentos de uso habitual. Indicações mais frequentes:

  • estudos das veias (varizes, trombose, edema de membro);
  • estudo das artérias (dor ao caminhar, trombose arterial, aneurismas, traumas, aterosclerose).

Para mais informações procure o seu angiologista ou cirurgião vascular.